O primeiro-ministro malaio Ismail Sabri Yaakob falou com seu colega australiano Scott Morrison na sexta-feira e expressou hoje cepticismo.
A aliança seria um ‘catalisador para uma corrida armamentista nuclear na região do Indo-Pacífico’. Ao mesmo tempo, provocará outros poderes a agir de forma mais agressiva na região, disse ele em uma declaração pública.
A nota dizia que os dois líderes chegaram a um acordo para renovar seu compromisso mútuo de manter a paz e a segurança internacionais, mas não há nenhuma garantia disso no momento.
Muitos países da região não querem ser arrastados para a rivalidade EUA-China, disse ao site BenarNews Rizal Sukma, ex-embaixador da Indonésia na Grã-Bretanha.
O pesquisador sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, sediado em Jacarta, disse que isso iria alimentar uma corrida armamentista na região.
Entre suas seções mais criticadas está uma que permitirá aos EUA e ao Reino Unido dar à Austrália a tecnologia para construir oito submarinos movidos a energia nuclear, algo completamente sem precedentes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Zhao Lijian, na quinta-feira, chamou-o de ‘extremamente irresponsável’ e disse que seria contraproducente para os três poderes envolvidos.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia disse na sexta-feira que estava ‘observando cautelosamente’ a decisão.
A Indonésia está ‘muito preocupada com a contínua corrida armamentista e projeção do poder militar na região’, disse uma declaração do Ministério das Relações Exteriores.
Enquanto isso, o Secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, expressou suas preocupações em uma conversa telefônica com seu homólogo australiano Peter Dutton na sexta-feira.
Outros governos do sudeste asiático, incluindo a Malásia, Tailândia e Vietnã, ainda não comentaram o Aukus, sugerindo a incerteza estratégica prevalecente na região.
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