Para atender a esta quantia, o país usará o equivalente a 1,327 bilhões de seus direitos de saque especiais (DSE), a moeda do FMI, uma parte dos 3,55 bilhões que o FMI concedeu ao país em agosto passado, de acordo com sua cota, como parte da distribuição de liquidez que fez entre seus países membros, para enfrentar os efeitos da Covid-19.
Precisamente na véspera, ao fazer uso da palavra na Assembleia das Nações Unidas, o presidente Alberto Fernández disse que durante o governo anterior se aplicou no país o que qualificou de assassinato.
A Argentina, disse ele, está sujeita a um endividamento tóxico e irresponsável, uma dívida insustentável equivalente ao que o FMI alocou durante a pandemia para 85 países ao redor do mundo.
Nestes três meses que faltam em 2021, a Argentina terá que enfrentar dois outros pagamentos, o primeiro em novembro por um total de 400 milhões de juros, e o outro em 22 de dezembro por mais 1,88 bilhões, se o governo finalmente não conseguir chegar a um bom porto nas conversas para obter um refinanciamento da dívida com o FMI, em que trabalha há meses.
Em 2018, o ex-presidente Macri fez um empréstimo do Fundo por meio de um empréstimo stand-by de 57 bilhões de dólares. Desse total, a agência movimentou pouco mais de 44 bilhões e os 11 bilhões restantes Fernández decidiu recusá-los.
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