Mais de trinta oficiais de alto e médio escalão estão entre os presos e submetidos à interrogatórios para chegar à raiz da trama, disse o general Abdel Fattah Burhan, presidente do Conselho de Transição Soberano (CST), em um discurso durante a visita a uma base militar na periferia desta capital.
No entanto, ele se absteve de especificar se os envolvidos pretendiam reintegrar o ex-presidente deposto ao poder.
Ele também exortou a população a fortalecer a unidade nacional de civis e militares ‘para construir o Sudão com que nossos filhos sonham, de liberdade, paz e justiça’.
O militar convocou na véspera um encontro com os ministros da Defesa e do Interior e com os chefes da Polícia e dos serviços de inteligência, do qual não há relatos.
Enquanto isso, as tropas especiais e a Polícia procuram outros envolvidos na intentona, de acordo com despachos da agência oficial de notícias SUNA e da imprensa, em contradição com declarações do porta-voz oficial da CST, Mohammed Faki Sulaiman, que na véspera afirmou que todos os envolvidos estão sob custódia.
Embora jugulada, a tentativa dos militares mostra a existência neste país africano de forças centrífugas insatisfeitas com as condições econômicas prevalecentes e a lentidão da transição para um governo civil após 30 anos de autoritarismo de Al Bashir e dois de administração governamental cívico-militar.
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