A espera acabou e o músico, também conhecido como Doble D, ainda acha inacreditável que depois de tanto tempo, um álbum veja a luz do dia em que, com seu verbo afiado, ele coloca o dedo em muitas questões atuais em um material muito político, que ele define esteticamente latino-americano e anti-imperialista, mas divertido, divertido, com muita cultura popular.
Basta ouvir as canções Oscuro, Sin Censura, ou a música que dá nome ao CD, e o que dizer de Odiadores, junto com o roqueiro argentino Cóndor Sbarbati, vocalista do Bersuit Vergarabat.
Quebrando o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba e Venezuela, países onde o acesso ao serviço Spotify não é permitido, Devita especificou que o álbum estará disponível gratuitamente em seu canal de Telegram https://t.me/devitadobled apenas às 12:00 horas locais na Argentina.
Em resposta às preocupações que recebi, especialmente de Cuba e da Venezuela, onde algumas plataformas musicais não prestam serviço, respondo mais uma vez: minha música pertence a todos os nossos povos irmãos sem intermediários. Ele estará disponível ao mesmo tempo em meu canal do Telegram, não pretendo deixar ninguém de fora. Os únicos protagonistas deste trabalho são os povos rebeldes, e quanto mais rebeldes, mais protagonistas, ressaltou ele.
Desde a genial capa, onde aparece uma América do Sul de cabeça para baixo, até a letra de suas canções, Doble D nos convida a refletir através de seu rap político e também lança mensagens de gratidão com sucessos como Bombas ou Médicos, nas quais é acompanhado pelo cantor Piero, uma ode à solidariedade dos médicos cubanos.
Nesta peça, cujo vídeo na plataforma do Youtube tem quase um milhão e meio de visualizações, Devita presta homenagem aos médicos cubanos que estiveram nos lugares mais remotos, salvando vidas.
‘As máscaras caíram, vimos toda a cena, quem é vida, quem é morte, o que o planeta quer’, acrescenta em clara referência ao exemplo de altruísmo dos médicos cubanos que foram aos países mais distantes para salvar vidas no meio da pandemia de Covid-19.
Em declarações à Prensa Latina, o artista disse que este CD é sem dúvida seu melhor trabalho, o mais completo e musical, o que soa melhor e o que teve maior impacto em seu público em termos de temas e sonoridade.
‘O que me deixa mais feliz é que você vai encontrar um álbum que é profundamente político, esteticamente latino-americano e anti-imperialista, mas ao mesmo tempo divertido, divertido, com muita cultura popular e para todos, não só para aqueles que pensam como eu’, disse ele.
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