Foi assim que Jacek Majchrowski, prefeito de Cracóvia, capital da província da Pequena Polônia, definiu a iniciativa apoiada por duas assembleias regionais da também sulista cidade de Swietokrzyskie.
Majchrowski descreveu como positiva a mudança adotada por sua cidade e apoiada pelas autoridades de Lublin e Podcarpacia.
Os regulamentos foram substituídos por declarações anexas à ‘adesão à tradição, respeito pelo trabalho, propriedade, hospitalidade cordial e respeito pela dignidade e direitos de cada ser humano’, refletem os documentos.
A mudança regulatória ocorre logo após a Comissão Europeia (CE) anunciar sua intenção de vincular o desembolso de fundos de ajuda regional ao respeito pela comunidade LGBTI neste país.
Na semana passada, o vice-presidente polonês Zbigniew Ziobro chamou essa decisão de ‘terrorismo econômico’ e pediu aos governos regionais ‘que não sucumbam à chantagem da União Europeia’.
Desde 2019, cerca de 100 municípios e governos locais poloneses aprovaram declarações que os identificaram como ‘zonas livres de LGBTI’, ação criticada pela vice-presidenta da CE, Vera Jourová, durante sua visita ao país em 31 de agosto.
A funcionária europeia advertiu que estes documentos ‘não respeitam os valores do mecanismo regional’ e ameaçou os signatários de tal declaração com ‘uma perda de cerca de 2,5 mil milhões de euros em fundos de coesão’.
Enquanto isso, o porta-voz do governo polonês, Piotr Muller, garantiu dias atrás que os executivos locais e regionais ‘não tinham más intenções’ e seu objetivo era ‘promover os valores da família’, garantindo ao mesmo tempo que no país ‘nunca houve ou nunca haverá nenhuma zona livre LGBTI ‘.
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