O Ministério da Saúde informou que a ação, que terá 45.000 postos de inoculação nas 27 unidades federais e seus respectivos municípios, durará até 29 de outubro.
As autoridades sanitárias enfatizaram o importante papel dos pais e tutores no sucesso desta cruzada, que visa crianças e jovens de até 15 anos de idade.
Eles também expressaram preocupação com o declínio da vacinação desde 2015, uma situação parcialmente explicada pela disseminação de falsas notícias e pelas ações de grupos anti-vacinas, de acordo com fontes.
Segundo o secretário de vigilância sanitária do ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é ‘mais relevante’ porque o governo identificou uma ‘tendência de queda nas taxas de vacinação’ desde 2015.
Ele disse que esta queda tem, entre suas causas, a ‘falta de conhecimento sobre a importância da vacina, notícias falsas, grupos anti-vacinas e medo de efeitos adversos’.
Ele alertou sobre os horários de funcionamento das unidades de saúde, às vezes incompatíveis com as novas rotinas da população.
Uma preocupação semelhante foi expressa pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Wilames Freire, que salientou que ‘a campanha publicitária é importante e urgente’.
Ele apelou para uma forte luta contra ‘notícias falsas e o movimento anti-vacina que incentiva a população a não procurar a vacina e, portanto, a ficar desprotegida’.
O Ministro da Saúde substituto Rodrigo Cruz reiterou que a pandemia de Covid-19 mostrou a importância do Sistema Único de Saúde e acrescentou que seu sucesso se baseia na singularidade que engloba as esferas federal, estadual e municipal.
‘O Brasil tem uma cultura de vacinação e isto se manifestou nos números da Covid-19, com um nível de 60% das pessoas vacinadas com as duas doses’, disse Cruz.
Ele insistiu que agora ‘temos 30 dias para vacinar nossos filhos até a idade de 15 anos’. Estas são vacinas seguras e encorajamos os pais a levar seus filhos para que possamos erradicar estas doenças’, observou ele.
Para o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda isolado após o diagnóstico da Covid-19, o governo está trabalhando na possibilidade de estender o período inicial previsto para a Campanha Nacional de Multivacinação.
‘Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é muito grande e há realidades diferentes no país’, disse ele.
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