23 de December de 2024
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Mobilizações e violência voltaram à Colômbia nesta semana

Mobilizações e violência voltaram à Colômbia nesta semana

Bogotá, 2 de outubro (Prensa Latina) Sindicalistas, indígenas, políticos, entre outros setores, retomaram as marchas sociais na Colômbia esta semana no contexto da greve nacional de cinco meses, e a violência também voltou às mãos da polícia.

Durante as manifestações, convocadas pelo Comitê Nacional de Greve, os participantes de todo o país exigiram que o Congresso aprovasse projetos de lei que nasceram no contexto desta grande mobilização que durou mais de dois meses.

Sob o slogan Pela paz, vida, democracia, contra o pacote Duque e a corrupção, colombianos em várias cidades do país exigiram que as 10 iniciativas apresentadas em julho passado pelo Comitê fossem analisadas e aprovadas pelo Congresso da República.

Uma greve nacional histórica começou em 28 de abril deste ano contra as medidas neoliberais do governo de Iván Duque, considerada a maior explosão social dos últimos 70 anos, que durou quase três meses e se espalhou por todo o país.

O Comitê Nacional de Paralisação, principal organizador destes protestos, anunciou na terça-feira 15 de junho a suspensão temporária das mobilizações, sem que isto implicasse o fim das manifestações.

O coletivo tomou a decisão em face da militarização das ruas, da violência policial contra manifestações pacíficas e da recusa do governo em assinar um pré-acordo para garantir o protesto social, e garantiu que apresentaria um conjunto de projetos de lei ao Congresso.

Em 27 de julho, o Comitê, juntamente com mais de 50 membros do Congresso, apresentou os projetos de lei anunciados com o objetivo de beneficiar mais de 30 milhões de colombianos afetados pela pandemia e pela crise econômica que ela gerou.

As contas incluem uma Renda Básica de emergência como medida para garantir os direitos dos cidadãos; Zero Mensalidade, que busca garantir o ensino superior gratuito universal em todo o país; e Reforma Policial, para fortalecer o caráter civil da força policial, entre outros.

Como nas manifestações pacíficas durante a greve, a violência policial em várias áreas da Colômbia encerrou o dia nacional de mobilização.

Até depois da meia-noite, os membros do esquadrão anti-motins atacaram os jovens da capital que se juntaram às manifestações.

Também nesta semana, o senador do Polo Democrático Iván Cepeda e as organizações Campaña Defender la Libertad: Asunto de Todos, ONG Temblores e outras, enviaram um terceiro relatório sobre a situação dos crimes contra a humanidade que ocorreram na Colômbia em meio às manifestações que vêm ocorrendo desde 28 de abril.

Relata pelo menos 3.954 vítimas de violações de direitos humanos entre 28 de abril e 28 de setembro.

Além disso, relata 136 novos atos violentos, em comparação com a segunda comunicação enviada em 7 de junho, que se refere a 1.88 novas vítimas, das quais 513 são identificadas.

O relatório detalha números recentes e novos casos de assassinatos; estupro e violência sexual; tortura e outros atos desumanos; prisão ou outras privações graves de liberdade física; desaparecimento forçado, entre outros.

mem/otf/vmc

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