Embora a formação, que controla a Faixa de Gaza, não tenha precisado as questões a debater, os meios de comunicação social de Tel Aviv afirmam que o intercâmbio de prisioneiros será um dos principais pontos das conversações, bem como a trégua no enclave costeiro.
A delegação do Hamas chegou ontem a esta capital e é chefiada por Ismael Haniyeh, o seu adjunto Saleh al Arouri, o chefe do movimento em Gaza, Yahya Sinwar, e Khaled Meshaal, membro do Politô e antigo dirigente do grupo.
Segundo relatos, eles se reunirão com funcionários do Ministério de Inteligência egípcio para discutir questões bilaterais.
O Cairo desempenhou um papel fundamental na trégua alcançada em maio último para pôr fim à agressão israelense contra a faixa de Gaza, que causou mais de 450 mortos e perdas milionárias.
Em Setembro, Moussa Abu Marzouk, membro do Poliburó dessa formação palestiniana, anunciou avanços nas conversações com o Governo de Israel sobre um eventual intercâmbio de prisioneiros.
O Hamas tem sob custódia no enclave costeiro os israelenses Avner Mengistu e Hisham al Sayed, bem como os corpos de dois militares que perderam a vida durante a invasão de Gaza em 2014.
Zaher Jabareen, também membro do Politburó e encarregado de conduzir as conversações sobre o intercâmbio, informou que o grupo enviou através de mediadores uma oferta às autoridades israelenses.
Este mês se cumpre uma década do acordo entre ambas as partes, pelo qual Israel liberou cerca de mil palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, que passou cinco anos em cativeiro.
No entanto, desde então, muitos dos palestinianos libertados foram novamente capturados pelas tropas do país vizinho.
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