Seis dos sete candidatos ao Palacio de La Moneda participaram do encontro, que durou até a madrugada desta terça-feira e foi transmitido pela TVN / Canal 24 horas, Tele 13 e Mega Plus.
Vários candidatos se manifestaram a favor da acusação ou da renúncia do presidente, a partir das revelações de sua participação na venda do projeto de mineração Dominga, no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
‘Concordo em seguir todos os caminhos institucionais que permitam um julgamento político de Piñera’, disse Gabriel Boric, da coalizão de esquerda Apruebo Dignidad, primeiro nas pesquisas segundo os levantamentos.
Acrescentou que ‘nós da oposição vamos apresentar uma denúncia constitucional pelos fatos graves conhecidos por todos os que também foram objeto de investigação da procuradoria’.
‘O presidente Piñera deveria ter renunciado há muito tempo’, disse Marco Enríquez-Ominami, do Partido Progressista, que condenou as violações dos direitos humanos cometidas durante seu governo.
No mesmo sentido, falou Eduardo Artés, da Unión Patriótica; Já a candidata Yasna Provoste, do Nuevo Pacto Social, disse que se sentiu envergonhada como chilena ao ver como a imprensa internacional reflete a situação do país com um presidente ligado aos negócios obscuros.
Por outro lado, o candidato no poder, Sebastián Sichel, disse ser contra a destituição do presidente pouco mais de um mês antes das eleições e quando o país está saindo da crise sanitária devido ao Covid-19.
Outra questão polêmica é o conflito na Araucanía. Enquanto os candidatos da esquerda ressaltam o diálogo para resolver os problemas, o deputado da ultradireita José Antonio Kast defendeu a aplicação da lei antiterrorista naquela região, onde o governo pretende decretar o estado de emergência.
O programa durou quase três horas e os candidatos ao Palacio de la Moneda, nas eleições de 21 de novembro, apresentaram seus diferentes pontos de vista e se envolveram em acalorados debates sobre temas como governança, plano econômico, agenda social e migração.
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