Uma fonte de segurança disse à agência oficial de notícias MENA que o objetivo é receber palestinos doentes ou feridos e permitir a transferência de bens de primeira necessidade.
Rafah é a única passagem de fronteira não controlada pelas autoridades de Tel Aviv no enclave costeiro, que abriga pouco mais de dois milhões de habitantes.
Mais de 250 pessoas foram mortas no território palestino de 10 a 21 de maio como resultado dos ataques israelenses, que destruíram cerca de 1.500 casas e danificaram irremediavelmente um número semelhante.
As autoridades egípcias desempenharam um papel fundamental para deter a agressão, intermediando um cessar-fogo entre o Estado judeu e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla a faixa.
O Cairo também anunciou uma doação de US$ 500 milhões para reconstruir o enclave de 365 quilômetros quadrados e enviou centenas de caminhões carregados com alimentos e bens de primeira necessidade, assim como engenheiros e equipamentos especializados.
De acordo com o Banco Mundial, os ataques aéreos na faixa causaram prejuízos de US$ 570 milhões.
No início deste mês, a liderança do Hamas visitou o Egito para manter conversações com o governo egípcio sobre questões bilaterais e de segurança, incluindo uma possível troca de prisioneiros entre o grupo armado e Tel Aviv, que acabou não se concretizando.
Devido a seu peso regional, o Egito tornou-se um mediador chave e está tentando retomar o diálogo entre as autoridades palestinas e israelenses, mas estas últimas têm rejeitado qualquer negociação de paz.
oda/rob/glmv