Em uma mensagem publicada em sua conta no Twitter, dirigida ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e à Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, Plasencia advertiu sobre o ‘contexto xenófobo’ patrocinado pelo governo de Iván Duque contra os migrantes venezuelanos.
Por sua vez, o Procurador-Geral da República, Tarek William Saab, denunciou na véspera a violência estrutural e sistemática contra cidadãos venezuelanos na Colômbia, como resultado de políticas discriminatórias.
Em uma entrevista coletiva no Ministério Público, reiterou seu chamado às autoridades colombianas para esclarecer o assassinato de dois menores venezuelanos em 9 de outubro na cidade de Tibú, no departamento de Norte de Santander.
As vítimas foram detidas após serem acusadas de roubar de uma loja, amarradas e gravadas enquanto um homem da comunidade é visto com a intenção de entregá-las à polícia ‘para que não parecessem mortas na estrada’, disse Saab.
Mais tarde, homens armados chegaram ao local e levaram os menores, que foram encontrados horas depois já executados na estrada que leva ao município de El Tarra, acrescentou.
O chefe do Ministério Público salientou que este não é um incidente isolado, citando números da ONG Consultoría para los Derechos Humanos y el Desplazamiento, sobre o assassinato de pelo menos 1.933 migrantes venezuelanos na Colômbia e outros 836 reportados como desaparecidos entre 2015 e 2020. Diante deste cenário, a vice-presidente Delcy Rodríguez informou que a Venezuela ativará todos os mecanismos internacionais para a proteção dos migrantes deste país na Colômbia, ‘vítimas da política de ódio e perseguição’, disse ela.
‘A Venezuela irá a todos os organismos internacionais apropriados para determinar sua responsabilidade nestes atos deliberados de extermínio contra nossos concidadãos’, disse ela.
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