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Cuba e a eterna homenagem a Ernesto Che Guevara

Cuba e a eterna homenagem a Ernesto Che Guevara

Havana, 18 out (Prensa Latina) Ainda tomado pela notícia de sua morte, em um dia como hoje, de 1967, o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, prestou homenagem ao povo, em uma noite solene, ao Comandante Ernesto Che Guevara.

Dizem que um milhão de cubanos escutaram em meio a um silêncio avassalador. Isso confirmou o que o povo cubano sabia três dias antes: a captura e posterior assassinato do revolucionário em 9 de outubro daquele ano na Bolívia, a mando da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.

Fidel Castro falou na Plaza de la Revolución de alguém que foi ‘um dos mais familiares, um dos mais admirados, um dos mais queridos e, sem dúvida, o mais extraordinário dos nossos camaradas da Revolução’.

Lembrou a noite de agosto de 1955 quando no México conheceu a Guerrilha Heróica -como também é reconhecido em Cuba- durante a preparação da expedição do iate Granma, fato que inaugurou a luta contra a tirania de Fulgencio Batista (1952-1959) na nação das Antilhas.

Depois de uma longa conversa que revelou a comunidade de sonhos e interesses entre os dois, Che se juntou ao grupo e deu início à marcha para Cuba.

Junto com os cubanos, ele não era apenas o médico consagrado para curar feridas, ele era também ‘o mais ilustre dos soldados’, disse o líder histórico, lembrando as diferentes lutas por onde chegou a obter os mais altos graus, mas também onde sua sensibilidade foi excelente, cultura profunda e inteligência visionária.

Disposição imediata para fazer sempre o mais difícil e para arriscar constantemente a vida, tenacidade indomável e uma vontade de aço, foram traços de seu caráter evocados por Fidel Castro.

‘Gostaríamos de todo o coração vê-lo forjar vitórias (…) porque homens com a sua experiência, com o seu calibre, com a sua capacidade verdadeiramente única, são homens raros.’

Mencionou também as diferentes responsabilidades desenvolvidas em Cuba depois do triunfo da Revolução e antes de sua partida para libertar outros povos do mundo, como presidente do Banco Nacional, como Ministro da Indústria, como o máximo promotor do trabalho voluntário.

Che foi também um dos fundadores da Agência Latino-americana de Informação Prensa Latina, numa época em que o país caribenho precisava se defender das campanhas midiáticas contra a nascente Revolução Cubana. ‘Os inimigos acreditam que derrotaram suas ideias (…) E o que eles conseguiram foi, com um golpe de sorte, eliminar sua vida física’, declarou o líder histórico naquela noite de 1967.

No ano do 45ú aniversário de sua morte, outubro é mais uma vez um mês de homenagem à Guerrilha Heroica em Cuba, apesar das condições impostas pela pandemia Covid-19.

Em espaços virtuais, os centros de trabalho e educativos da ilha presidirão às homenagens e recordações da sua obra.

Como expressou Fidel Castro, o artista pode morrer, mas nunca a arte à qual deu sua inteligência e à qual consagrou sua vida.

acl / lrg / ls/gdc

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