Em vídeo entregue à imprensa, os magistrados daquela instituição rejeitaram o projeto de lei 544 e solicitaram formalmente ao presidente do país, Laurentino Cortizo, que o vetasse por considerá-lo inconstitucional.
‘Chegamos à conclusão de que não podemos continuar com os mesmos modelos de avançar com a aprovação da maioria das questões, deixando de lado as fundamentais’, disse o presidente da TE, Heriberto Araúz, que leu a mensagem.
Isto define os critérios desse órgão, anteriormente criticado por setores jurídicos e da sociedade civil por posições ambivalentes, quando as alterações foram feitas ao projeto original, entregue ao Legislativo na comissão parlamentar correspondente.
Após longos meses de avaliação e de consenso de uma proposta apresentada pelo TE, com o apoio da Comissão Nacional de Reformas Eleitorais, os membros da assembleia desfizeram vários artigos do projeto e aprovaram no Legislativo um texto que os árbitros eleitorais avaliaram como ‘retrocesso’.
‘Embora o projeto represente um avanço em vários assuntos, tem impedido a correção de aspectos fundamentais do sistema eleitoral que são essenciais para o fortalecimento da democracia eleitoral panamenha’, disse ele à instituição em outro comunicado.
As questões que geraram a polêmica centram-se na forma de atribuição de cadeiras por resíduos em circuitos plurinominais, paridade de gênero nas candidaturas e resolução da desigualdade do financiamento público pré-eleitoral a partidos políticos e candidatos independentes, entre outros.
Num debate, em que estão ausentes os setores populares, a chamada ‘sociedade civil organizada’ carregou a bandeira da oposição às mudanças no Legislativo, considerando que o que foi entregue à Assembleia é produto da análise e do consenso de vários atores das chamadas ‘forças vivas’.
Mas, em uma reação da classe operária, centrais sindicais e organizações sociais convocaram uma marcha na próxima quarta-feira para protestar contra a decisão dos deputados, a corrupção generalizada de funcionários públicos e a favor de uma assembleia constituinte originária.
Por sua vez, denunciou que, ao mesmo tempo, porta-vozes da recém-renascida Cruzada Civilista chamaram seus seguidores para tentar confundir o apoio que tem diminuído entre eles, disseram porta-vozes sindicais, que pediram para não ser confundidos por esses centros tradicionais do poder econômico.
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