44 anos após a fundação desse grupo de mulheres que saíram às ruas em uma sangrenta ditadura cívico-militar (1976-1983) para resgatar seus filhos sequestrados, várias vozes políticas e de direitos humanos, mas principalmente as pessoas que as acompanham em sua batalha, eles lhe agradecem continuamente por tudo o que fizeram.
Mais de quatro décadas se passaram desde que 12 mulheres se reuniram em 22 de outubro de 1977 em busca dos filhos de seus filhos nascidos em cativeiro e entregues a outras famílias. Hoje, muitas delas, longevos e sustentadas por suas bengalas, mostram um vigor inigualável.
Neste dia, com o rótulo #ArgentinaUnidaTeBusca, a Secretaria de Direitos Humanos lançará uma iniciativa para acompanhar a luta das avós para resgatar a verdadeira identidade dos bebês de detidos-desaparecidos, agora adultos, apropriados e doados a outras famílias.
‘A ideia desta iniciativa é questionar os homens e mulheres que têm dúvidas e dizer-lhes que é hora de se aproximarem e também de fazerem algo tão simples como acompanhar a procura das Avós da Praça de Mayo’, disse o Secretário de Direitos Humanos, Horacio Pietragalla, um dos netos recuperados.
Em busca de encontrar esses jovens, cuja média de idade varia de 38 a 46 anos, a partir desta proposta foram desenhadas diferentes peças de comunicação nas quais se apelam as memórias da infância. Bonecas de plástico, filmes da época ou alguns brinquedos que eram populares naquela época e que todos usavam.
Hoje também as homenagens se estendem à incansável lutadora e presidente de Avós, Estela de Carlotto, que completa 91 anos mais ativa do que nunca, perseverando na luta.
Com a Lei 26.001 de 2004, o Congresso Nacional instituiu o dia 22 de outubro como Dia Nacional do Direito à Identidade, data em que as Avós iniciaram sua busca incansável em uma luta que continua com a esperança de encontrar aqueles de quem estão perdidos, lutando pela memória, verdade e justiça.
npg / maio/ mmd