Deputados e senadores da força política de oposição definiram essas prioridades em uma agenda de trabalho acordada até o final do ano com vistas ao emprego e ao comércio varejista.
Em relação à Prestação de Contas, ressaltaram que ‘deixa uma grande preocupação com os salários dos trabalhadores e a renda dos aposentados e pensionistas.
Por outro lado, representantes da central sindical Pit-Cnt na comissão de especialistas para a reforma previdenciária, denunciaram os danos a esses setores sociais que serão causados pelas recomendações dos partidos da coalizão de direita no poder.
A deputada da Frente Ampla Ana Olivera destacou entre as prioridades de sua força política o monitoramento da situação do porto de Montevidéu, após a decisão do Poder Executivo de estender o monopólio do terminal de contêineres à multinacional Katoen Natie por mais 50 anos.
O sindicato portuário (Supra) abriu prazo até o final do mês para voltar à mesa de negociações com o KN antes de adotar outra medida, após se recusar a firmar acordo que aumentasse para 30 trabalhadores com mais de cinco anos de antiguidade de 13 para 18 dias de salários por mês.
Também durante a semana, os trabalhadores da construção e do combustível reuniram-se em frente ao parlamento onde uma delegação conjunta apresentou um projeto de investimento para um forno para resgatar a indústria cimenteira nacional, exposto a um plano do governo para uma associação de privatização.
Por sua vez, o sindicato das telecomunicações (Sutel) rejeitou o artigo 48 do projeto de Lei de Imprensa, enquanto se aguarda o debate parlamentar, que cede os ativos da estatal Antel a empresas privadas e desregulamenta o monopólio dessa entidade.
A Coordinadora de Ollas Populares do Uruguai reiterou sua afirmação desde o início da pandemia Covid-19 de que o Estado se encarregue da situação alimentar crítica do país.
Em protesto perante o Ministério do Desenvolvimento Social, denunciou que existem mais de 250 panelas populares em Montevidéu, onde vivem cerca de 150 mil pessoas em situação de vulnerabilidade por estarem desempregadas e abaixo da linha da pobreza.
Já o Congresso dos Municípios solicitou a prorrogação por mais dois meses o insuficiente programa de 15 mil empregos temporários como paliativo para os 184 mil desempregados.
Nesse cenário, a Justiça Eleitoral do Uruguai validou quase 500 mil assinaturas das 675 mil necessárias para um referendo revogatório de 135 artigos da questionada Lei de Consideração de Urgência (LUC).
O líder do Pit-Cnt, Milagro Pau, destacou que ‘os militantes trabalharam com responsabilidade e os uruguaios que o assinaram o fizeram com transparência’ em uma causa nacional na qual participaram várias organizações sociais, militantes de todos os partidos e personalidades culturais.
msm / hr / fav