Este é o caso dos projetos de lei sobre os Tribunais Populares, Processos Administrativos, Código de Processo e Processo Penal, que estão sendo discutidos nesta segunda-feira pelos deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP).
Este é um dia útil antes da primeira sessão do ano do Parlamento cubano, que está sendo realizada semipresencial, e na qual o Presidente Miguel Díaz-Canel está participando.
Na ocasião, o presidente do Supremo Tribunal Popular (TSP), Rubén Remigio, disse ao plenário da ANPP que quase quatro mil critérios foram emitidos por diferentes atores no processo de discussão destes projetos legislativos.
Remigio disse que foram recebidas três mil propostas, das quais 63% foram aceitas e um terço foram consideradas inaceitáveis.
O presidente do TSP explicou que a Lei dos Tribunais de Justiça substituirá a Lei nú 82 de 1987. A mudança de nome deve-se ao fato de que a Constituição aprovada em 2019 a inclui em seus artigos.
Apontou que 25 propostas de um número igual de legisladores estão sendo consideradas.
Das consultas especializadas, 65 propostas foram aceitas dos funcionários da corte de base, e outras 10 sugestões vieram da população.
O projeto de lei chega à Assembleia Nacional do Poder Popular com 42 artigos emendados, sete dos quais com alterações substanciais.
Remigio garantiu que o princípio da ação colegiada dos tribunais é reforçado, com painéis de três ou cinco juízes.
Explicou que o sistema de justiça cubano é caracterizado pela participação popular baseada em juízes leigos, com cerca de 13.500 juízes eleitos.
Entretanto, ele disse que a metade deste número não serve por várias razões, o que indica a necessidade de realizar eleições para substituí-los em cerca de 60 municípios do país.
Por sua vez, o secretário da ANPP, Homero Acosta, enfatizou a estrutura vertical do sistema de justiça cubano, que não está subordinado a nenhuma autoridade local e apenas subordinado ao poder máximo do Estado, o parlamento.
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