Apresentando à Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento) os resultados obtidos até o final de setembro, disse que, embora em dois anos o país tenha perdido cerca de 13% de seu produto interno bruto (PIB), a nação caribenha iniciou um processo de recuperação gradual.

Até essa data, a Ilha Antilhana havia alcançado 1,344 bilhão de dólares em exportações de mercadorias (68,7% do plano anual), o que é afetado pelo não cumprimento de itens fundamentais, como tabaco e rum.

Entretanto, explicou que as previsões foram feitas em dezembro passado sem prever o impacto da pandemia, o que, entre outras coisas, impediu a chegada dos dois milhões de turistas.

No campo dos serviços, o país está em 67% do plano do ano, com cinco bilhões 355 milhões de dólares exportados, enquanto a renda atingiu cerca de dois bilhões de dólares e espera-se que no final do atual calendário a nação caribenha fique aquém da previsão em 700 milhões de dólares.

Gil apontou as difíceis condições em que Cuba está se desenvolvendo, com o impacto do bloqueio americano, a crise da Covid-19 e uma perda de cerca de três bilhões de dólares entre 2020 e 2021; isto tem uma expressão concreta na escassez de abastecimento da população, disse ele.

Apesar disso, está sendo feito um grande esforço para garantir os recursos da cesta básica padrão de alimentos, como refletido no comportamento das importações, que no final de setembro totalizavam 5,8 bilhões de dólares, dos quais 1,348 bilhão de dólares foram destinados a alimentos.

O aumento dos preços de alguns desses itens no mercado internacional, assim como de combustível e frete, reforça a necessidade de impulsionar a produção agrícola nacional, que está em default em áreas como arroz, milho, leite e carne suína, entre outras.

O vice-primeiro ministro insistiu que, independentemente do déficit de insumos, pesticidas, combustível e equipamentos, todos os esforços devem ser feitos para substituir essas importações.

Comentou que o país está praticamente trabalhando sem estoques, não só por causa da falta de liquidez, mas também por causa do atraso na chegada dos navios.

‘Temos milhares de contêineres de mercadorias no exterior que não conseguimos trazer, mesmo pagos, devido à desordem logística causada pelo Covid-19 e às medidas de bloqueio’, acrescentou ele.

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