No dia anterior, unidades antimotim da Polícia Nacional atacaram os manifestantes, que mantiveram fechada por quase seis horas a principal via de acesso à cidade de Colón, o que afetou a entrada dos portos e a economia local.
Como resultado dessas ações, várias pessoas foram detidas, entre elas o líder social Edgardo Voitier, que após ser libertado garantiu que a greve continuaria por 48 horas, pelo que a situação continua tensa naquela província, também atormentada pela alta taxas de criminalidade.
Após as prisões, o Conselho Nacional dos Trabalhadores repudiou ‘a criminalização dos protestos sociais, que têm e não terão desculpa ou justificativa porque a falta de respostas oficiais continua a dramatizar a vida do povo colonial’.
Por sua vez, o Conselho Empresarial de Logística pediu aos manifestantes a fazerem suas reivindicações por meio de outros mecanismos que não afetem terceiros.
Em declarações à imprensa, o dirigente colonial Diógenes Galván assegurou que os protestos resultam da falta de resposta do Executivo aos problemas dos cidadãos, que no caso de Colón se refletem na ausência de projetos voltados para a melhoria das ruas, emprego e saúde, entre outros setores.
‘Aqui só existe uma espécie de desperdício e gestão perversa de recursos com base no enriquecimento das autoridades, pois este é o início de uma eclosão social, porque não vai parar’, disse Galván, que exortou o Governo ao diálogo com o povo e que explique o que fará com o aumento do orçamento nacional.
Na terça-feira, o pessoal médico do hospital Manuel Amador Guerrero encenou um dia de ações judiciais devido às más condições deste centro provincial, enquanto ontem os transportadores exigiram uma redução do preço dos combustíveis, o que gerou caos em vários pontos do país.
Nesse sentido, o presidente da Câmara Nacional de Transportes, Abel Obando, anunciou uma greve nacional para o próximo dia 8 de novembro, já que o aumento do custo do combustível é insustentável.
Por enquanto, nesta quinta-feira, o Sindicato Único dos Trabalhadores na Construção e Similares realizará um piquete de âmbito nacional em solidariedade ao povo colonense, produtores e transportadores e pela defesa dos direitos humanos.
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