Isto foi declarado pelo representante suplente permanente da ilha junto às Nações Unidas, Pedro Luis Pedroso, que descreveu isto como inaceitável e eticamente condenável.
Este órgão multilateral é a ferramenta mais útil para trabalhar em conjunto para alcançar um futuro melhor e mais sustentável, salientou o embaixador ontem no debate sobre a melhoria da situação financeira da ONU.
Entretanto, ele acrescentou, notamos com preocupação como a falta de recursos financeiros que a ONU tem tomado nos últimos anos compromete seriamente as funções cardeais que ela deveria cumprir.
Não é moralmente justificável que os Estados Unidos, o país com a maior contribuição devido ao seu excesso de capacidade de pagamento, decidam intencionalmente reter suas contribuições para esta organização, ressaltou o diplomata cubano.
Ele ressaltou que esta situação nada mais é do que uma espécie de pressão financeira e um boicote contra a organização multilateral.
Pedroso também destacou como Cuba tem cumprido plenamente todos os seus pagamentos, fazendo esforços colossais e sacrifícios, apesar de ter que lidar este ano com um cenário econômico tenso, associado principalmente ao Covid-19 e ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imutável imposto pelos Estados Unidos.
Este cerco dos EUA não está deixando passar um centímetro diante das implicações humanitárias desta pandemia, ele enfatizou.
Washington intensificou o bloqueio de forma oportunista e sem precedentes no contexto da pandemia da Covid-19, como o governo de Havana tem denunciado repetidamente.
Sob o mandato de Donald Trump (2017-2021), a Casa Branca lançou mais de 240 medidas coercitivas e sanções unilaterais contra Cuba. Até hoje, a administração de Joe Biden aplica a mesma política na íntegra.
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