5 de November de 2024
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Infinitas reverências ao D10S

Infinitas reverências ao D10S

Por Maylín Vidal

Buenos Aires, 30 out (Prensa Latina) Dizem que nos últimos meses, do céu, ele tem sido uma força para a seleção nacional e desde que chegou lá em cima, sua voz pode ser ouvida aplaudindo e acompanhando a boa marcha da Alviceleste.

Talvez isto seja verdade. A equipe à qual ele deu tantas glórias e que ele também desfrutou como treinador e espectador, não parou sob o comando de Lionel Scaloni. Invicto nas eliminatórias para o Qatar 2022, a recente vitória da Copa América foi também para Diego Armando Maradona.

Diego o imortal, o Menino de Ouro nascido em Villa Fiorito, na província de Buenos Aires, cuja luz se apagou há quase 12 meses.

Hoje Maradona teria feito 61 anos, mas os deuses não fazem 61, eles são eternos, imortais, a mesma imortalidade que ele deixou em 25 de novembro de 2020, quando seu coração parou de bater e se multiplicou, renascido como uma grande lenda.

As imagens daquele 60º aniversário ainda estão frescas em sua memória. Seu então clube Gimnasia y Esgrima de La Plata preparou uma grande homenagem para ele, Maradona parecia exausto, mas feliz.

Ele aplaudiu, ele sorriu. Foi sua última aparição no campo antes de ser submetido à cirurgia subdural da qual se recuperava quando morreu, um mês e meio depois.

Da Argentina, em sua amada Cuba, Itália e além, as homenagens ao Pelusa desde então não pararam. Todos os dias, em campo, entre os jogadores e também entre as crianças que jogam nos paddocks argentinos sonhando em ser Maradona.

O rosto com sua imagem se multiplica de Villa Fiorito, onde tudo começou, cuja casa foi declarada nesta semana de interesse histórico nacional pelo Presidente Alberto Fernandez. A homenagem de uma Argentina que presta homenagem a Maradona o tempo todo também pode ser sentida em várias partes do país.

Como num rolo de filme, o Garoto de Ouro com seu frisado jovem adorna a cidade nas mãos de pintores autodidatas, em grafite exibido nas paredes dos bairros e nas ruas.

Diego é uma presença permanente. Ele é o D10S dos argentinos que o idolatram, apesar das tentativas de muitos meios de comunicação e de certos personagens de manchar seu nome e demonizá-lo.

Entre tantas homenagens nestes dias, pode-se ver uma obra imponente nas paredes de um canto do bairro Caballito, do artista Maximiliano Bagnasco.

A pintura em movimento mostra Lionel Messi beijando o troféu Copa América no meio do estádio do Maracanã no Rio de Janeiro e do céu, Maradona torcendo por ele.

Em meio às muitas homenagens, “Maradona: Sonho Abençoado”, uma das estreias mais aguardadas do ano, também chegou no dia anterior no Canal 9 da Argentina e no Amazon Prime.

Enquanto prosseguem as investigações sobre se houve negligência que levou à sua morte, Maradona está mais vivo hoje do que nunca neste país onde ele nasceu e morreu, e seu povo continua a agradecer-lhe por seu belo jogo, seu pé esquerdo, pelo amor a um esporte no qual ele deixou sua marca para sempre.

npg/may/vmc

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