23 de November de 2024
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Constituição de Cuba é clara contra tentativas desestabilizadoras

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Constituição de Cuba é clara contra tentativas desestabilizadoras

Havana, 3 nov (Prensa Latina) A Constituição cubana é clara diante das tentativas de desestabilização, de acordo com especialistas legais aqui presentes, que sublinham a natureza ilegal de uma marcha convocada para tais propósitos e promovida pelos Estados Unidos.

A promotora chefe da Diretoria de Informação e Análise da Procuradoria-Geral (FGR), Ana Hernández, disse que a Constituição reconhece o direito à manifestação pública, mas continua a especificar os propósitos legais e pacíficos necessários para este exercício.

Em declarações ao jornal Granma, ela disse que tais demonstrações devem ser realizadas com respeito à ordem pública e de acordo com as perspectivas estabelecidas por lei.

A este respeito, se referiu ao Artigo 45, que estabelece que os direitos dos indivíduos são limitados apenas pelos direitos dos outros, segurança coletiva, bem-estar geral, respeito à ordem pública, a Constituição e a lei.

“Não é simplesmente possível usar um postulado como desculpa para ir contra os próprios direitos, garantias e obrigações determinadas pelo texto constitucional”, enfatizou.

Acrescentou que os promotores da marcha prevista para 15 de novembro, apesar de ter sido negada pelas autoridades municipais, publicaram em redes sociais e plataformas digitais que seu objetivo é mudar a ordem política, econômica e social em Cuba, o que é inconstitucional e ilegal.

Hernández observou que a marcha tem o apoio público de altos funcionários do governo americano, de sua embaixada em Havana e da Fundação Nacional Cubana Americana, com uma história terrorista conhecida, que estão buscando uma intervenção estrangeira na ilha caribenha.

A promotora lembrou que 90% dos cubanos com direito de voto o exerceram no referendo popular que endossou a nova Constituição em fevereiro de 2019, que obteve 86,85% de aprovação.

O artigo 4 da nova constituição consagra a natureza irrevogável do sistema socialista e o direito dos cubanos de lutar por todos os meios, inclusive a luta armada, contra qualquer pessoa que tente derrubar a ordem política, social e econômica estabelecida, disse.

Por sua vez, o promotor Dimas Alfredo Herrera, da secretaria da FGR, disse ao Granma que os promotores da manifestação estão procurando destruir a sociedade cubana como ela é, em uma ação na qual, disse ele, os interesses econômicos estão em jogo.

“Isto os priva de qualquer legitimidade para se autodenominarem adversários. Seu esquema, sua fórmula de trabalho está de acordo com a Lei Helms-Burton interferente, e essa lei é contra a soberania de Cuba”, disse.

jcm/ool/bm

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