Segundo o diretor de comunicação do Ministério da Cultura, Alexis Triana, a declaração, publicada pelo diário mexicano La Jornada em 27 de outubro, tem o apoio de mais de 600 artistas de 35 países.
Na rede social Twitter, Triana agradeceu à comunidade internacional pelo alcance da carta dos criadores mexicanos: Sim para a Bienal de Havana, que denuncia as tentativas de boicote ao evento de arte contemporânea mais importante de Cuba.
A declaração incorporou as assinaturas de personalidades relevantes do Chile, Argentina, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Espanha, Peru, El Salvador e Ilha do Caribe, que reiteraram a importância do evento, que se tornou um ponto de referência para a pluralidade e as tendências mais inovadoras.
A declaração da comunidade de criadores denunciou “a narrativa de operadores políticos sórdidos, receptores de financiamento obscuro de ONGs apoiadas por governos estrangeiros, com o único propósito de desacreditar e invalidar a realidade da arte e da cultura em Cuba”.
“O suposto boicote tem um claro toque imperial e desestabilizador contra Cuba e a Bienal de Havana, que sofrem com as dificuldades, carências e incertezas causadas pela pandemia da Covid-19 no planeta”, e agravado pelo reforço oportunista e sufocante do bloqueio dos EUA, informou o La Jornada.
No espaço de uma semana, o texto dobrou de alcance, na medida em que destaca os objetivos da Bienal por seu caráter anti-hegemônico e constitui uma resposta enérgica de artistas visuais, galeristas, escritores, pensadores, cientistas políticos e outros intelectuais à campanha de manipulação que circula dos Estados Unidos e da Europa.
Apesar do contexto desestabilizador, o Comitê Organizador anunciou que o evento acontecerá de 12 de novembro de 2021 a 30 de abril de 2022 e, sob o slogan Futuro e Contemporaneidade, reunirá mais de 300 figuras de todos os continentes.
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