Por meio de nota, a chanceler negou que durante recente entrevista à BBC tenha se referido a uma possível extradição para os Estados Unidos do líbio Abu Agila Masud, acusado por Washington de participar do ataque ao vôo 103 da Pan Am, que causou a morte de 259 pessoas, 190 delas norte-americanas.
Masud está sendo detido neste país do Norte da África por acusações não relacionadas ao ataque, ocorrido em 1998.
O texto da chancelaria previa “não circular e divulgar notícias falsas ou enganosas porque é crime punível por lei”.
Segundo a BBC, Mangoush considerou que a Líbia poderia trabalhar com os Estados Unidos para uma eventual extradição de Masud.
Após esses alegados comentários, o Conselho Presidencial da Líbia anunciou ontem a suspensão do funcionário por 14 dias por cometer “violações administrativas”.
Essa entidade realizou uma investigação contra ela por “sua atuação unilateral em política externa sem coordenação com o Conselho Presidencial”, órgão colegiado de três membros que desempenha as funções de chefe de Estado.
Mas o Governo de Unidade Nacional (GNU) interveio neste domingo na crise, rejeitando a ação do Conselho, alegando que não tem autoridade legal para fazê-lo.
O GNU também manteve Mangush em seu posto, que deve participar na próxima sexta-feira em uma conferência internacional em Paris sobre a Líbia.
Liderado pelo primeiro-ministro em exercício Abdul Hamid Dbeiba, o GNU foi eleito em fevereiro passado, sob os auspícios da ONU, por 75 delegados líbios representando várias facções e territórios.
A instituição tem o objetivo de dirigir esta nação árabe até que o novo Executivo emane das eleições presenciais marcadas para 24 de dezembro para assumir.
Este país vive uma espiral de violência desde a queda de Muammar al-Gaddafi em 2011, após uma guerra apoiada por membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, incluindo Estados Unidos, França e Reino Unido.
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