Esta caminhada planejada sem roupa vem depois de outra semelhante para homens que foi organizada em junho deste ano na cidade oriental de QwaQwa, algo que foi quase um escândalo nas redes sociais.
Em declarações à imprensa, a fundadora deste tipo de eventos na África do Sul, Fanafikile Lephakha, explicou que a caminhada está a ser organizada devido à “grande procura” de mulheres de todo o país após o sucesso do anterior.
De acordo com aquele treinador de desenvolvimento pessoal vital, tirar a roupa no meio da natureza representa “abrir mão” da dor temporária.
A nudez, ele limita, representa “expor as feridas pessoais” que precisam ser curadas e gerar “auto-aceitação e uma nova fraternidade”.
Agora, explica Lephakha, evidentemente, para evitar complicações previsíveis, os homens não terão permissão para fazer a caminhada nas trilhas de Drakensberg.
No momento, está prevista a participação de cerca de 50 mulheres que já demonstraram grande interesse na caminhada, que, para evitar olhares indiscretos e lentes de câmeras, acontecerá em local não divulgado a ninguém fora do grupo organizador e aos participantes.
Conforme explicado pelo guia da atividade anunciada, Nozipho Hoohlo, o corpo feminino é sexualizado. As mulheres muitas vezes se sentem inseguras e restringidas por normas e comportamentos que a sociedade permitiu que continuassem por muito tempo.
Ao longo da caminhada, disse ela, trabalharemos os traumas passados pelos quais as mulheres podem ter passado na vida. Começaremos o processo de busca da cura.
Será uma experiência única, muito libertadora, afirmou.
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