24 de December de 2024
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Moro acionou o STJ contra o testemunho de Bolsonaro

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Moro acionou o STJ contra o testemunho de Bolsonaro

Brasília, 9 nov (Prensa Latina) O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro atuou na Corte Suprema do Brasil contra o depoimento do presidente Jair Bolsonaro na investigação de sua suposta interferência política na Polícia Federal (PF), confirmada hoje.

Moro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no tribunal superior, que solicitasse o parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a audiência.

O depoimento do ex-militar foi feito no dia 3 de novembro em Brasília, mas os advogados de Moro e integrantes da PGR não acompanharam a reunião que ocorreu à noite no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.

Este é o principal questionamento de Moro. A defesa do ex-juiz comentou que havia falta de igualdade perante a lei no tratamento dispensado ao chefe de Estado.

“Os signatários deste documento esperavam ser informados da data da audiência do segundo investigado – e a própria PGR o fez – mantendo o mesmo procedimento adotado quando do depoimento prestado pelo ex-ministro Sergio Fernando Moro, em honra à isonomia processual”, alegaram os juristas perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, sublinharam que a declaração de Bolsonaro “foi tomada em audiência privada, presidida pela autoridade policial à noite, sem a participação desta defesa e do procurador-geral da República”.

Em 12 de outubro, De Moraes estendeu a investigação deste arquivo por mais 90 dias.

A investigação foi aberta em abril de 2020 depois que Moro deixou o cargo e acusou o presidente de tentar interferir politicamente na autonomia da PF, solicitando relatórios de inteligência e trocas no comando da corporação.

Segundo o ex-magistrado, Bolsonaro tentou barrar os inquéritos policiais exigindo a mudança do chefe do órgão policial do Rio de Janeiro e demitindo o então diretor-geral Maurício Valeixo.

A pressão do presidente, segundo a denúncia, foi para proteger dois de seus filhos, o senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro, que foram investigados por aquele órgão por supostos atos de corrupção.

O ex-capitão do Exército nega ter tentado obstruir o trabalho da polícia e alega que só tentou trocar pessoas “da nossa segurança no Rio de Janeiro e oficialmente não teve sucesso”.

Ele admitiu que pediu mudanças, mas que Moro teria condicionado as substituições a uma vaga no STF.

mv/ocs/cm

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