O projeto de declaração divulgado pela presidência do evento indica que os recursos atuais são insuficientes para que os países em desenvolvimento e vulneráveis se adaptem e mitiguem o impacto da crise ambiental.
Na COP15, realizada em Copenhague em 2009, o mundo industrializado, considerado o principal responsável pelas mudanças climáticas, se comprometeu a contribuir com 100 bilhões de dólares anuais para o chamado fundo do clima, mas até agora as contribuições estão bem abaixo do prometido.
O esboço da cúpula de Glasgow, que certamente passará por algumas mudanças antes de ser submetido aos delegados de quase 200 nações participantes nesta sexta-feira, também convida cada parte a revisar suas metas de redução de carbono até o final de 2022., dois anos antes do originalmente planejado.
Nesse sentido, pede a redução das emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global, acelerando a eliminação do carvão como fonte de energia e subsídios para os combustíveis fósseis e implementando soluções e abordagens sustentáveis que protejam a natureza e os ecossistemas.
Também reafirma a meta traçada em Paris em 2015 de manter a temperatura do planeta abaixo de 2 graus Celsius, mas “reconhece” que o impacto das mudanças climáticas seria muito menor se permanecesse em 1,5 graus.
A COP26 de Glasgow é vista como a última chance do mundo para deter o aquecimento global, reduzir as emissões de carbono a zero e fornecer fundos para ajudar os países pobres e vulneráveis a enfrentar e mitigar o impacto das mudanças climáticas.
Até agora, mais de 100 líderes mundiais se comprometeram a interromper o desmatamento até 2030, no mesmo ano em que os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram que reduzirão suas emissões de metano, e mais de 40 países disseram que tomarão medidas para ir além do uso de carvão.
Também houve anúncios de alguns governos e do setor privado para fazer maiores contribuições para o fundo climático, mas ainda falta passar das promessas às ações.
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