O vice-ministro das Relações Exteriores Ali Baqeri Kani, chefe da missão para as reuniões na capital austríaca, enfatizou que o Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA) abrange apenas o setor de energia atômica.
O acordo selado em 2015 entre o Irã e o grupo 5+1 tem uma estrutura específica sobre questões nucleares, disse ele, os outros são irrelevantes.
“Não negociaremos sobre nossas capacidades de defesa ou segurança”, frisou ele.
O Irã e os demais signatários do pacto (Reino Unido, França, Rússia, Rússia, China e Alemanha), quando os EUA saíram em 2018, realizaram seis rodadas de conversações em Viena que entraram em hiato em junho passado.
Com o objetivo de encontrar uma fórmula para o retorno dos EUA ao tratado, nenhuma dessas reuniões resultou na abolição de medidas opressivas anti-iranianas impostas por Washington, a principal exigência da República Islâmica.
“Precisamos de verificação e isto permanece sem solução. É uma das questões que permanecem inacabadas. Não é suficiente colocar tinta no contrato”, disse Baqeri Kani, referindo-se à permanência das sanções.
O negociador chefe iraniano enfatizou a importância de se chegar a um acordo com resultados práticos na retomada do diálogo agendada para 29 de novembro.
O Irã felicita o reinício das conversações sobre o princípio de que negociar em nome da negociação não é aceitável e considera que, se os EUA violaram o acordo, devem dar o primeiro passo para retornar e cumprir o que foi estipulado em 2015.
Outra exigência iraniana é um compromisso de que os futuros governos dos EUA respeitarão o JCPOA e não farão troça da ONU e da comunidade internacional.
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