Após amargas lutas internas, os democratas conseguiram marcar uma vitória no final do dia 5 de novembro, um “passo monumental para o país”, disse o presidente um dia depois.
Com 228 votos a favor e 206 contra, a Câmara dos Deputados deu sinal verde à iniciativa, que foi imediatamente enviada à mesa do presidente para sua assinatura, quebrando assim o impasse legislativo no Capitólio e criando condições para enfrentar o plano mais amplo de gastos sociais, uma pedra angular da agenda econômica de Biden.
“Finalmente, uma semana de infraestrutura”, disse aos repórteres, em sinal de alívio compartilhado pelo Partido Democrata, já alarmado também pelo desempenho desastroso na Virgínia, onde um calouro republicano, Glenn Youngkin, venceu o peso pesado Terry McAuliffe na corrida governamental do estado.
Para os analistas, tanto esse resultado quanto a estreita vitória em Nova Jersey pelo democrata Phil Murphy – que foi eleito para o cargo de governador – são um prenúncio potencial das eleições de meio de mandato de 2022.
O chefe de pessoal da Casa Branca Ron Klain admitiu que “foi um ano duro e difícil” para Biden e culpou as perdas nas pesquisas ao lidar, entre outras coisas, com os problemas herdados da administração de seu predecessor, Donald Trump.
Neste sentido, ele insistiu que o governo atual está fazendo um esforço para sair “dos buracos que nos deixaram”.
Uma recente pesquisa CAPS/Harris de Harvard divulgada na semana passada constatou que o ocupante da Sala Oval tem uma taxa de aprovação de 43%, enquanto outra da NBC News indicou que 42% dos adultos do país apoiam seu mandato, contra 49% em agosto e 53% em abril.
A última pesquisa constatou que sete em cada dez residentes dos EUA acreditam que o país está no caminho errado.
Para o Partido Democrata, o sucesso da presidência de Biden é fundamental para suas esperanças de manter o controle da Câmara e do Senado nas eleições de 2022.
De acordo com a pesquisa de opinião USA Today e Suffolk University, 46% dos entrevistados acreditam que o presidente está fazendo um trabalho pior do que o esperado, incluindo 16% que o apoiaram nas pesquisas de opinião 12 meses atrás.
Isto poderia afetar as chances de reeleição de Biden em 2024, porque, segundo a pesquisa, 64% dos entrevistados não o querem nas urnas dentro de três anos.
Enquanto isso, 58% também rejeitaram a ideia de Trump aparecer na chapa do Partido Republicano nessas eleições.
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(Extraído de Orbe)