O encontro aconteceu por meio de um link de vídeo e seguiu-se a duas conversas telefônicas que os líderes mantiveram este ano, além de diversos diálogos com outras autoridades de seus governos.
Como transpareceu até agora, as partes analisaram “questões estratégicas e fundamentais” em seus laços bilaterais.
No entanto, em seu discurso inicial, Xi insistiu no respeito mútuo, na coexistência pacífica e na busca da cooperação com vantagens para todos, enquanto administram assuntos internos e assumem responsabilidades internacionais.
“Como as duas maiores economias do mundo e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China e os Estados Unidos precisam fortalecer a comunicação e a cooperação… e trabalhar juntos para fazer avançar a nobre causa da paz e do desenvolvimento em todo o mundo”, disse ele.
Em sua opinião, uma relação saudável e estável entre Beijing e Washington é necessária para promover o desenvolvimento individual, salvaguardar um ambiente internacional pacífico e estável e buscar respostas eficazes aos desafios globais, como as mudanças climáticas e a pandemia de Covid-19.
Segundo nota divulgada no início das conversações, Biden manifestou vontade de ter uma conversa franca e frutífera com Xi, e destacou a responsabilidade dos dois em buscar a competição entre seus países sem entrar em conflito.
“Precisamos reconstruir o consenso, ser claros e honestos sobre nossas diferenças e trabalhar juntos em áreas de interesse mútuo, especialmente em questões globais como as mudanças climáticas. A relação entre nossos estados tem um grande impacto não só para nós, mas para o todo mundo”, disse ele.
A reunião virtual teve um primeiro momento e continuou após vários minutos de intervalo.
Cada presidente foi acompanhado por um conjunto de representantes de cargos importantes de seus executivos.
O primeiro intercâmbio presidencial foi em fevereiro e Xi enfatizou a necessidade de restabelecer vários mecanismos de diálogo para entender com atenderão as intenções políticas do outro e evitar mal-entendidos.
Também destacou a importância de administrar as diferenças quando elas existem, buscando a cooperação onde desejável, apostando no respeito mútuo e contribuindo para o combate à pandemia Covid-19, promovendo a recuperação da economia e a paz no planeta.
No entanto, exigiu que Washington seja prudente no trato de questões como Taiwan, Hong Kong e Xinjiang, entre outras, porque são internas à China e dizem respeito à sua soberania e integridade territorial.
Essas declarações fortaleceram ainda mais a posição da China de derrubar os laços com os Estados Unidos, devido ao contínuo atrito.
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