A nova vitória do fundador do Partido dos Trabalhadores veio depois que a Quinta Vara Criminal Federal de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e pôs fim à investigação contra Fabio Luis, Marcos Cláudio e Sandro Luis Lula da Silva.
A investigação foi baseada em supostas provas fabricadas no contexto da operação judicial de Lava Jato desativada e, portanto, foi considerada nula pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dada a suspeita de parcialidade na atuação do ex-juiz, ex-ministro da Justiça e futuro candidato presidencial Sérgio Moro.
Segundo o portal de notícias Brasil 247, as sucessivas vitórias judiciais de Lula e sua família não só provam sua inocência, mas também testemunham a intensa perseguição legal e midiática contra o antigo governante.
O MPF aceitou o argumento da defesa de que a investigação, que questionava os filhos de Lula por suposta evasão fiscal relacionada a pagamentos feitos entre suas empresas, foi baseada no material da Lava Jato.
A juíza federal Maria Isabel do Prado, do referido quinto tribunal, ordenou o encerramento de outra investigação policial aberta contra os descendentes do ex-líder trabalhista.
“A defesa estava certa. Uma vez reconhecida a ilegalidade dos elementos de condenação acumulados nas ações penais originais que demonstraram o recebimento da renda tributável, a caracterização do crime de evasão fiscal é prejudicada”, concluiu o promotor Rhayssa Castro Sanches Rodrigues.
Os advogados de Lula demonstraram que o material utilizado para abrir a investigação contra seus filhos teve origem no caso Lava Jato, em Curitiba, que foi declarado nulo e sem efeito pela Suprema Corte após reconhecer a incompetência do 13º tribunal federal da cidade do sul e a suspeita da arbitrariedade de Moro.
O ex-presidente recuperou todos os seus direitos políticos em março depois que um juiz do STF anulou suas convicções e abriu a possibilidade de concorrer ao poder em 2022.
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