Em sua intervenção no Tribunal Distrital de Jerusalém, Hefetz afirmou que o proprietário da empresa de comunicações Bezeq, Shaul Elovitch, em 2014 forneceu a Netanyahu uma lista com os nomes daqueles que deveriam assumir o cargo de Oficial de Comunicações.
Elovitch estava muito preocupado com a nomeação porque essa posição deveria autorizar uma eventual fusão entre a Bezeq e a empresa de satélite YES, o que lhe traria milhões de dólares em lucros, disse ele.
De acordo com o depoimento, a lista do magnata das comunicações era chefiada por Netayahu, que acabou ocupando o cargo simultaneamente com o chefe do governo.
As declarações de Hefetz estão ligadas ao caso de quatro mil, no qual Netanyahu é acusado de beneficiar ilicitamente os interesses comerciais de Elovitch em troca de cobertura positiva no portal de notícias Walla.
Netanyahu leu o texto e pediu a sua secretária que marcasse um encontro com Elovitch.
Hefez garantiu que seu ex-patrão tinha conhecimento de todos os seus contatos e conversas com o empresário.
Durante sua audiência no tribunal em abril, Ian Yeshua, ex-diretor de Walla, afirmou que de 2014 a 2017 Netanyahu beneficiou ilegalmente os interesses de Elovitch e, em troca, este último forneceu ao político de extrema direita e sua família uma cobertura positiva no site, e até permitiu a ele para ditar a política editorial regularmente.
Netanyahu, que perdeu o poder em junho passado, foi o primeiro chefe de governo na história de Israel a ser processado enquanto estava no cargo.
Em um caso separado do de seu marido, em 2019 Sara Netanyahau chegou a um acordo com a promotoria e se declarou culpada de contravenção para evitar ser julgada por fraude.
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