Segundo o antigo líder sindical, é uma questão de pensar no que queremos fazer para o futuro, mas não para as eleições de 2024, mas para a esquerda dos 30 anos à frente.
Pereira falou em uma assembleia do comitê de base junto com os outros dois indicados, Ivonne Pasada e Gonzalo Civila, para as eleições internas marcadas para 5 de dezembro.
Ele ressaltou que “não devemos apenas olhar para a atual mudança tecnológica, a que está ocorrendo, mas também olhar mais à frente”.
Em sua opinião, os jovens uruguaios de hoje, aqueles com 30 anos ou menos, têm um pensamento mais concreto do que “aquele que eu tinha quando sentia que estava fazendo uma revolução”.
Enfatizou que “eles levantam as bandeiras da diversidade, dos direitos humanos, do cuidado com o meio ambiente, o que nós não nos importamos e acreditamos que a ordem estabelecida é mais ou menos boa”.
O ex-presidente da confederação sindical Pit-Cnt disse estar preocupado com o fato de que os jovens, que sempre foram os originadores de ideias inovadoras na história da humanidade, seriam “furados” em organizações similares.
Durante um diálogo entre os candidatos e o público, ele disse que era a favor de transformar a esquerda, descartando uma prática que ele descreveu como individualista, “um tanto conservadora, ligada aos anos 60 ou 70, que as únicas histórias emancipadoras vinham daquelas gerações”.
Entre outras projeções específicas sobre a economia, reiterou a ideia de chamar os homens e mulheres da ciência para ver o que eles podem contribuir para a produção e criação de riqueza no país.
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