Uma investigação acadêmica da Universidade de Renmin descreveu o caso da ilha caribenha como o mais infame de todos, pois sofreu por mais de seis décadas o bloqueio econômico, financeiro e comercial de Washington, apesar da demanda internacional para suspendê-lo de uma vez por todas.
Ele indicou que, além de Cuba, a República Popular Democrática da Coréia, o Irã e a Síria estão entre os territórios punidos por mais tempo.
“Os Estados Unidos lançaram revoluções de cor em outros países do mundo para derrubar e subverter os regimes legitimamente eleitos por seus povos e, ao mesmo tempo, promoveram o poder político pró-americano (…) como um agente de seus interesses”, afirmou o estudo.
Ele citou a Venezuela como exemplo, onde entre 2014 e 2020 a economia se contraiu, teve sete milhões de pessoas necessitando de ajuda humanitária em 2019 e uma alta taxa de inflação no ano passado.
A investigação chinesa inseriu todos esses casos, levantando várias questões sobre o sistema democrático da nação norte-americana.
O texto afirmava que, nos últimos anos, a Casa Branca utilizava o tema como pretexto para incorrer na violação dos direitos humanos e na desintegração de sua própria sociedade, enquanto externamente servia de pretexto para manter a hegemonia, intrometer-se nos assuntos internos e minar na ordem internacional.
Além desta publicação, a China divulgou neste fim de semana uma que coletou fatos, números e opiniões de especialistas e organizações mundiais sobre as fissuras dos Estados Unidos na democracia, em reação a uma Cúpula sobre o assunto que Washington realizará esta semana.
Outro documento detalhou as características de sua própria democracia e abriu um encontro internacional para discutir a origem, as diferentes formas e a eficácia na aplicação dessa forma de organização social.
Essas iniciativas precedem a cúpula norte-americana convocada para os próximos dias 9 e 10 “com o objetivo de estabelecer uma agenda de renovação democrática e de enfrentar as maiores ameaças que as nações enfrentam”.
Mas analistas concordam que a nomeação será mais uma tentativa de Washington de manter a hegemonia e conter a China.
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