O longa-metragem do cineasta Paxton Winters aspira a um prêmio no evento cinematográfico, após a obtenção da cobiçada Golden Shell no Festival de San Sebastián (Espanha), onde também conquistou os prêmios de Melhor Ator e Melhor Fotografia.
O filme recebeu elogios e crítica negativa que, ao elogiar a habilidade do diretor em mostrar “um produto audiovisual de embalagem indiscutível”, argumenta certa “falta de originalidade para conseguir uma abordagem mais criativa”.
O diretor consegue captar “situações e personagens típicos das favelas e do gênero criminoso” em um drama descrito por especialistas como “grosseiro e intenso” que, apesar da história de violência, pobreza e morte, prima pela beleza dessas comunidades vulneráveis.
A segunda obra cinematográfica de Winters encantou por “seu aspecto visual de um realismo próximo ao documentário, de uma fotografia cuidadosa e uma grande fluidez narrativa que se torna uma denúncia efetiva”.
Pacificado alude a um programa do governo brasileiro que tenta manter a paz nas ruas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com foco na vida de uma menina chamada Tati (Cassia Nascimiento), que deve lidar com o retorno do Pai da prisão, Jaca ( Bukassa Kabengele).
O conglomerado de situações e conflitos derivados desse reencontro centraliza a narrativa do filme, que vai às favelas para denunciar a violência social e a importância de preservar o calor do lar e da família diante de cenários diversos e complexos.
O filme chegará às 17h30 no grande ecrã do cinema Yara no âmbito do concurso latino-americano desta segunda dose do Festival de Havana 42, que decorrerá até 12 de dezembro com uma amostra de mais de 160 filmes de cerca de vinte países.
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