A equipe de especialistas da Emory University, nos Estados Unidos, analisou milhares de exemplares publicados no último meio século e determinou uma alta presença de protagonistas masculinos, segundo a revista de acesso aberto PLOS ONE.
A pesquisa mostra, por meio de estatísticas, a frequência de homens em papéis principais em relação às mulheres, em uma seleção de 3.280 volumes escritos para leitores de até 16 anos e publicados de 1960 até os dias atuais, tanto impressos quanto digitais.
Nesse sentido, determinaram que a proporção de protagonistas femininas está aumentando, mas os livros publicados a partir de 2000 apresentam um número desproporcional de personagens masculinos, diante do qual fica pendente a análise de inúmeros fatores que interferem nesses resultados.
Outro dos aspectos destacados pelos especialistas foi a presença de estereótipos em textos de não ficção, diminuição de preconceitos em livros assinados por autores do sexo masculino para a primeira infância e variações na representação de acordo com o sexo do autor, idade do público, tipo de personagem e gênero literário.
Desse modo, os especialistas indicam as diretrizes para a concretização de um discurso inclusivo nos livros infantis, uma vez que influenciam diretamente no desenvolvimento e na construção da personalidade nos primeiros anos de vida.
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