Na opinião do titular, existe uma “necessidade imperiosa” de incorporar um número significativo e crescente de entidades nacionais e locais como operadores e prestadores de serviços.
É um leque de possibilidades que vai desde processos, sistemas e capital humano, até áreas-chave como engenharia, manutenção técnica, prospecção, produção e fornecimento de materiais e equipamentos especializados, considerou Azevedo em intercâmbio com executivos de negócios.
Para aproveitar as oportunidades, disse, as empresas angolanas devem melhorar os aspectos relacionados com a qualidade, eficiência e produtividade, para além de terem conhecimento e domínio das tecnologias inerentes ao fornecimento de bens e serviços ao ramo dos hidrocarbonetos.
Eles também devem ser sólidos e financeiramente capazes de entrar no negócio de petróleo e gás, frisou o ministro, que pediu o apoio proativo das instituições de crédito.
O responsável lembrou que a indústria petrolífera nacional enfrentou desafios importantes nos últimos anos devido, entre outras causas, aos baixos níveis de investimento, à ausência de concursos para novas concessões e às constantes oscilações do preço do barril de petróleo.
Desde 2017, o executivo iniciou um processo de reorganização e reformas por aqui, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e torná-lo mais transparente e atraente para os investidores, destacou.
A Estratégia Geral para a Atribuição de Concessões para o período 2019-2025, disse, prevê a licitação de mais de 50 blocos, tendo este ano sido estabelecidas as regras e procedimentos para a atribuição de concessões petrolíferas em regime de oferta permanente.
Conforme explicou, os processos licitatórios de 2019 e 2020 permitiram a adjudicação de seis blocos na bacia do Namibe e nove demarcações de terras nas bacias do Baixo Congo e Kwanza.
Paralelamente, comentou, o Executivo promoveu o aumento das capacidades de processamento, que inclui a modernização e optimização da refinaria de Luanda e os processos de construção das fábricas de Cabinda, Soyo e Lobito.
Segundo dados oficiais, o petróleo continua a ser um dos recursos estratégicos de Angola, representando mais de 90 por cento do total das exportações, cerca de 20 por cento do Produto Interno Bruto e 40 por cento das receitas fiscais do país.
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