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Disputa de alianças pela presidência do Chile

Disputa de alianças pela presidência do Chile

Santiago do Chile, 19 de dez (Prensa Latina) O segundo turno das eleições presidenciais no Chile será disputado hoje por duas grandes coalizões de partidos e outros grupos, que representam pólos opostos no espectro político do país.

Trata-se da aliança progressista Eu Aprovo a Dignidade, cujo candidato é o jovem deputado Gabriel Boric, e seu oposto, a Frente Social Cristã, que propõe a extrema-direita José Antonio Kast.

Em ambos os casos, são pactos formados em 2021 especificamente para funcionar diante desses votos, de modo que sua vida além de saber os resultados finais vai depender de muitas variáveis, incluindo a conquista ou não do poder.

A Eu Aprovo a Dignidade nasceu em 11 de janeiro, por sua vez, formada por duas outras alianças, a Frente Ampla, que inclui Revolução Democrática, Convergência Social e Comuns, e o grupo Chile Digno, Verde e Soberano, formado pelo Partido Comunista e a Federação Regionalista Social Verde.

Outros movimentos são adicionados sem registro legal no Serviço Eleitoral (Servel), entre eles Força Comum, Movimento Unificado, Ação Humanista, Esquerda Cristã do Chile e Esquerda Libertária.

Essa coalizão representa uma ampla gama de posições políticas e ideológicas com o denominador comum de buscar um país com mais justiça social, melhores oportunidades para todos, respeito aos direitos humanos e acesso eqüitativo aos serviços públicos.

Do outro lado está a Frente Social Cristã, criada em 6 de agosto entre o Partido Republicano, fundado por Kast com o objetivo de lançar sua candidatura presidencial, e o Partido Conservador Cristão, uma organização de extrema direita derivada da Renovação Nacional.

Esse pacto é caracterizado por um profundo anticomunismo, sua adesão ao neoliberalismo como doutrina econômica e a busca pela volta das medidas autoritárias do regime de Augusto Pinochet (1973-1990).

A participação em coalizões ou alianças é uma singularidade dos processos eleitorais na nação sulista após o fim da ditadura, quando houve uma explosão de organizações com um número relativamente baixo de membros.

Segundo a Servel, estão registrados 27 partidos políticos em todo o país cujo quadro de membros em nível nacional chega a 586.176 filiados, a maioria deles na Região Metropolitana (225.036), Biobio (53.571), Los Lagos (29.862) e La Araucanía (29.325).

Embora existam grupos com raízes nos diferentes setores da população, como os democratas-cristãos, o Partido Socialista, o Partido Comunista e a Renovação Nacional, nenhum deles tem força para se impor no voto da primeira magistratura.

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