Segundo informação do Ministério da Saúde, os exames concentram-se esta terça-feira em dois mercados populares da província de Luanda, considerada o epicentro do contágio em nível nacional.
O estudo em curso vai considerar cerca de 10.000 amostras colhidas em diferentes pontos da cidade para se ter uma visão mais precisa da situação epidemiológica, explicou a chefe do sector, Sílvia Lutucuta.
De acordo com estimativas preliminares, a taxa de positividade aumentou nos últimos dias, provavelmente devido à variante à “mícron, enquanto o número de pacientes recuperados diminuiu.
O secretário de Estado da Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou ontem que os primeiros testes massivos em três locais de Luanda resultaram num saldo de 25 infectados para cada 100 pessoas examinadas.
Essa proporção é cinco vezes maior que a maior taxa de positividade acumulada no país desde a detecção dos primeiros casos de Covid-19 em março de 2020, alertou o médico.
A última instância da comissão multissetorial de prevenção e combate à pandemia confirmou 1.945 novas infecções em 24 horas, a maioria delas em território Luandense.
Como medida preventiva, no dia 24 de dezembro, o executivo colocou em vigor restrições adicionais para conter a propagação da doença.
Por exemplo, pessoas com mais de 60 anos, pacientes com fatores de risco por comorbidade, gestantes e mães com filhos menores de 12 anos foram dispensados de ir aos centros de trabalho.
Da mesma forma, o Governo estabeleceu a obrigação de apresentação do certificado de vacinação contra Covid-19 ou teste negativo realizado com 48 horas de antecedência, para acesso a serviços públicos e privados, estabelecimentos turísticos, salões de casamento, eventos corporativos, recintos desportivos, restaurantes e outros espaços públicos e privados.
Numa mensagem de Natal, o Presidente da República, João Lourenço, exortou a população a cumprir as disposições restritivas e de biossegurança, bem como a deslocar-se aos postos de vacinação.
Do ponto de vista econômico, Angola espera um bom 2022, mas esta previsão só será alcançável “se conseguirmos chegar o mais próximo da normalidade, com baixos níveis de incidência do Covid-19”, destacou o presidente.
oda / mjm/bj