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Governo britânico descarta reduzir a quarentena de Covid-19

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Governo britânico descarta reduzir a quarentena de Covid-19

Londres, 29 de dez (Prensa Latina) O governo britânico descartou hoje a redução do período de autoisolamentos a cinco dias para casos positivos de Covid-19, após pressão de cientistas e empresários para seguir o exemplo dos Estados Unidos.

Em declarações à BBC, a vice-ministra de Atenção aos Deficientes, Saúde e Trabalho, Chloe Smith, disse que não há planos no momento para alterar a regra.

A responsável lembrou que o tempo de autoisolamento que as pessoas infectadas com o coronavírus SARS-CoV-2 devem cumprir já foi reduzido de 10 para sete dias, desde que a pessoa apresente dois testes antigénicos negativos.

Vários membros da comunidade científica britânica e do setor empresarial começaram a pressionar o governo para encurtar o tempo de autoisolamento depois que os Estados Unidos o reduziram para cinco dias.

Especialistas como o professor Tim Spector, do Kings College London, afirmam que a redução ajudaria a proteger a economia, afetada pelo alto número de funcionários forçados a colocar suas casas em quarentena após teste positivo para o vírus.

Paul Hunter, da University of East Anglia, disse à BBC que a variante ômicron, cinco vezes mais contagiosa do que Delta, mas causando sintomas menos graves, tornou-se outra causa de uma gripe comum.

O presidente da Confederação das Indústrias Britânicas, Karan Bilimoria, destacou que as pessoas devem se isolar o menor tempo possível para evitar transtornos à economia do país.

O Deputado Trabalhista e Ministro do Trabalho e Pensões do chamado gabinete sombra (oposição), Jonathan Ashworth, entretanto, instou o governo conservador a primeiro ouvir o conselho de seus dois principais consultores científicos e médicos, Patrick Vallance e Chris Whitty.

Até agora eles não se falaram, então vamos ver o que eles têm a dizer antes de nos apressarmos para tomar uma decisão, comentou.

O Reino Unido relatou quase 130 mil novos casos positivos para Covid-19 no dia anterior, o maior número de infecções desde o início da pandemia.

Apesar do aumento sem precedentes de pessoas infectadas, especialmente com a variante ômicron, o primeiro-ministro Boris Johnson deu luz verde para reuniões familiares e festividades de Réveillon na Inglaterra.

As autoridades dos territórios semiautônomos do País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, ao invés, decidiram colocar limites ao número de pessoas que podem se reunir em espaços fechados e abertos, e ordenaram o fechamento de boates, entre outras medidas.

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