De acordo com um relatório da Direção-Geral do Sistema Penitenciário (DGSP), até ao passado mês de novembro 19.281 pessoas permaneciam detidas, o que significa um acréscimo de 7,5 por cento em relação a 2020 quando havia 17.911 reclusos.
Em média, a população carcerária no país do canal cresce 4% ao ano, de acordo com o registro da DGSP reproduzido pela imprensa, incluindo o jornal La Estrella de Panamá.
O estudo também aponta para uma superlotação carcerária, já que o sistema tem capacidade para abrigar apenas 14,8 mil presidiários.
Esse aumento, indica o texto, ocorre a despeito das medidas de redução das penas e da liberação condicional, decretadas pelo Executivo.
O aumento dessa taxa se deve a diversos fatores, segundo o órgão governamental, entre eles os resultados das operações recentes contra o narcotráfico, já que mais de 50% dos crimes estão relacionados às drogas e outros associados, como o crime organizado e a atividade de gangues.
Por sua vez, a Ministra do Governo e Justiça, Janaina Tewaney, destacou a promoção de programas educacionais, laborais e especializados que abrangem 54 por cento dessa população, com o objetivo de reintegrar os reclusos na sociedade.
Em 2021, destacam-se as operações do Ministério Público contra o narcotráfico como Fusión, Neptuno, Oasis e, a mais recente, Fisher, nas quais prenderam cerca de 60 pessoas e apreenderam cerca de 10 milhões de dólares.
No ano que se encerra, o Panamá também bateu recordes com a apreensão de mais de 120 toneladas de drogas, quantidade que ultrapassa 90 em 2019 e 84 em 2020.
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