A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) anunciou a Associação Econômica Integral Regional composta por 15 países do Leste Asiático e Pacífico com diferentes economias e estágios de desenvolvimento.
Esse bloco será formado pela Austrália, Brunei, Camboja, China, Indonésia, Japão, República da Coréia, Laos, Malásia, Mianmar, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
A associação de livre comércio entre essas nações, que constituem um terço da economia mundial, eliminará 90% das tarifas e deverá aumentar as exportações intra-regionais em 42 bilhões de dólares.
Pelos cálculos da Unctad, será o maior acordo comercial do mundo, medido pelo Produto Interno Bruto de seus associados em relação a outros acordos regionais em termos de seu peso no PIB mundial.
Destes, ele cita o Mercosul, a Zona Franca Continental Africana, a União Européia e o acordo entre Canadá, Estados Unidos e México.
As estimativas indicam que seu impacto no comércio internacional será significativo, pois seu dinamismo no intercâmbio de bens e serviços o tornará um centro de gravidade do tráfego mundial.
Em meio à pandemia do Covid-19, a entrada em vigor do acordo também pode favorecer a resistência do comércio, pois a experiência indica que esse tipo de associação tem sido relativamente mais forte diante da queda do câmbio mundial de mercadorias ocasionada pela pandemia.
Segundo o acordo, a liberalização do comércio resultará em uma redução progressiva das tarifas, enquanto muitas serão removidas imediatamente, outras serão reduzidas gradualmente ao longo de 20 anos.
A Unctad concluiu que toda a região será beneficiada com as concessões tarifárias da aliança, já que a maior parte virá com exportações de países terceiros.
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