Até ao túmulo onde repousam os restos mortais do menestrel conhecido como El Indio Naborí, no cemitério do Convento de São Francisco de Assis desta capital, familiares e amigos virão prestar uma merecida homenagem a quem constituiu uma das vozes mais ruidosas do décimo em Cuba.
Naborí (1922-2005) destacou-se por sua atuação como poeta, jornalista e pesquisador literário, cuja obra renovou o décimo cantado e escrito ao elogiar outros gêneros relevantes de sua época, entre eles, o soneto, a elegia e a lírica social.
Fiel aos princípios da Revolução Cubana, Orta Ruiz demonstrou suas raízes profundas nas grandes massas e, como cronista, refletiu em seus décimos as mudanças e realidades de seu tempo.
Assim, centrou-se no folclore latino-americano, na cultura camponesa, nas expressões poéticas, na cultura comunitária, o pensamento político de Fidel Castro somado à ideologia do Herói Nacional de Cuba, José Martí.
Entre seus reconhecimentos destacam-se o Prêmio Nacional de Literatura, a Ordem de Primeiro Grau Félix Varela e o título honorário de Herói do Trabalho da República de Cuba.
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