23 de December de 2024
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Expulsos 14 policiais envolvidos no golpe de estado na Bolívia

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Expulsos 14 policiais envolvidos no golpe de estado na Bolívia

La Paz, 31 dez (Prensa Latina) O vice-ministro de Descolonização e patriarcalização da Bolívia, Pelagio Condori, informou que 14 policiais foram expulsos do corpo armado por sua participação no golpe de Estado de 2019.

No início deste ano, os fardados, de um total de 27, foram denunciados perante o Ministério Público da Polícia por diversas causas administrativas, promovendo e gerando racismo e discriminação, informou a autoridade.

Salientou que de forma alguma os casos acima mencionados podem ser considerados como perseguição, mas sim como sanções para alguns “bandidos de farda” que se revoltaram em eventos que “nunca mais” poderão acontecer no Estado Plurinacional.

Entre as baixas definitivas estão as do major Daniel Gualberto Capriles, acusado de instigar o levante há dois anos, junto com o grupo paraestatal Resistência Juvenil Cochala, disse a autoridade em declarações publicadas pela Agência Boliviana de Informação.

O capitão José Vargas, sobre o qual há evidências documentais de seu protagonismo na ruptura constitucional, também foi destituido, declarou o vice-ministro do Regime Interior, Nelson Cox. Como parte do processo de investigação, a promotoria enviou o ex-Comandante da Polícia Rodolfo Montero à prisão preventiva, acusado dos crimes de genocídio, homicídio, lesões graves e leves durante o massacre de Senkata em La Paz.

A brutalidade do Exército e da Polícia neste evento de novembro de 2019, juntamente com o de Sacaba, em Cochabamba, deixou 27 mortos e centenas de feridos, segundo dados de organizações de direitos humanos.

Por sua participação no golpe de Estado que levou ao poder Jeanine Áñez, outro grupo de ex-chefes militares mantém custódia como o ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas general Pablo Arturo Guerra e o ex-comandante do Exército Ivan Patricio Inchauste, entre outros.

Uma investigação de oito meses do Grupo Interdisciplinar de Peritos Independentes determinou que 38 pessoas morreram durante o motim do golpe e dezenas ficaram feridas pela repressão da polícia e dos militares. O documento indicava ainda que, no período de outubro a novembro de 2019, os uniformizados e alguns civis cometeram atos de violência contra 58 jornalistas e 14 veículos de comunicação. A repressão também forçou centenas de pessoas ao exílio e mais de 1.500 foram presas.

mem / jcd

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