Essa entidade da ONU registrou 266 mil violações contra menores cometidas e denunciadas nos últimos 16 anos em mais de 30 situações de conflito na África, Ásia, Oriente Médio e América Latina, indica relatório divulgado nesta sexta-feira. Mas os números reais devem ser muito maiores do que os casos corroborados por meio do Mecanismo de Monitoramento e Notificação de Crianças e Conflitos Armados, procedimento estabelecido em 2005 para documentar sistematicamente tais violações, acrescentou o relatório.
Afeganistão, Iêmen, Síria e Etiópia são alguns dos países onde milhares de crianças sofreram abusos durante o ano passado devido a guerras e confrontos.
Por exemplo, o maior número de vítimas infantis verificadas desde 2005 corresponde ao Afeganistão, com mais de 28.500, o que representa 27 por cento de todas as vítimas confirmadas em todo o mundo.
Da mesma forma, o Oriente Médio e o Norte da África são as regiões com o maior número de ataques verificados contra escolas e hospitais, com 22 ataques desse tipo nos primeiros seis meses deste ano.
Conforme sublinhou a diretora-executiva da UNICEF, Henrietta Fore, ano após ano as partes em conflito voltam a demonstrar um terrível desrespeito pelos direitos e pelo bem-estar das crianças, que sofrem e morrem por esta insensibilidade.
Nesse sentido, ela pediu para fazer todo o possível e tomar medidas concretas para mantê-los protegidos de perigos. Embora a UNICEF ainda não tenha dados oficiais para o ano em curso, em 2020 a ONU constatou 26.425 graves violações dos direitos das crianças em zonas de conflito.
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