Ele alertou que as obras planejadas chegarão ao fim em 2023 e “aí as perspectivas são incertas” e muitas empresas trabalham em condições de desregulamentação trabalhista, sem pagamento de salários de acordo com as legislações, e recorrem a subcontratos de empresas com poucas fiscalizações do Ministério do Trabalho.
O dirigente sindical lembrou que os grandes meios de comunicação não divulgam esta situação e que apenas o conflito que se desencadeou vira notícia, em declarações à revista Caras y Caretas.
Reconheceu que 2021 fechou com uma ocupação de cerca de 52 mil trabalhadores, mais 12 mil que no ano anterior, mas esclareceu que se deve às obras da nova fábrica de papel, da via férrea central e da construção de habitação social que terminará no final de 2022 ou início de 2023.
Ele também destacou que a desregulamentação torna muito difícil o controle de obras de empresas privadas em bairros privados onde a forma de contratação não respeita laudos e a informalidade é crescente.
Em relação à segurança e higiene, destacou um avanço importante devido a uma maior incidência de trabalhadores organizados e que o delegado tem o poder de interromper uma obra se perceber que há risco de acidente.
Sobre um projeto de lei do governo para a legalidade dos sindicatos, ele alertou que visa controlar o seu funcionamento, como é financiado, e quem são os seus dirigentes, o que não é feito com as câmaras empresariais.
Tendo em vista o próximo referendo revogatório de 27 de março do qual Sunca foi um ativo coletor de assinaturas, seu dirigente afirmou que o governo parou por um tempo o aumento dos preços dos combustíveis e outras medidas impopulares até depois da consulta aos cidadãos nas urnas.
oda / hr / hb