Considerado o maior desastre desse tipo da história do país, atingiu mais de 22 mil hectares e colocou em risco os moradores porque algumas florestas queimadas estavam a 50 metros de aldeias.

Mas com a expansão de terrenos dedicados a uma empresa multinacional, uma regulamentação de 500 metros de distância estabelecida pelo departamento de meio ambiente do Ministério da Habitação do governo anterior da Frente Ampla foi violada.

Convertido em portifólio pela atual coalizão eleitoral no poder, seu chefe, Adrián Peña, em uma visita às áreas afetadas, prometeu ordenar às empresas florestais que cumprissem a regra contornada.

Na companhia do Ministro da Pecuária e Agricultura, Fernando Matto, Peña ouviu muitas reclamações de moradores que perderam meios e frutos do trabalho para o sustento da família e ficaram endividados.

Mattos reconheceu que “é dever das empresas” e garantiu que será feito um trabalho de prevenção e buscará solucionar problemas imediatos, como falta de cercas, e de comida e água para os animais.

“O que há é terra queimada, mal-estar, incerteza, ansiedade”, escreveu um repórter do jornal El País, porque “há muitas terras dentro da área, arrendadas por empresas florestais a fazendeiros como apicultores e que sofreram até 90% destruição “.

As críticas, tanto dos vizinhos como dos produtores, dirigiram-se sobretudo às empresas da indústria celulósica porque, na sua opinião, não existe uma infraestrutura adequada nas áreas florestais para prevenir este incêndio ou combatê-lo com maior eficácia.

Há apenas uma semana, o presidente do país, Luis Lacalle Pou, vetou um projeto de lei aprovado por maioria parlamentar para regular as extensões de terras dedicadas à silvicultura e garantir o restante da produção agrícola.

rgh / hr / fav