A chegada do novo surto do vírus, até o momento sem óbitos registrados, foi confirmada ontem à noite pelo ministro da Saúde, Hernando Cevallos, que anunciou medidas sanitárias para conter o avanço da doença, levando em consideração a experiência das duas ondas registada desde o início da pandemia, há quase dois anos.
Por sua vez, a Primeira-Ministra, Mirtha Vásquez, disse que o Governo também implementaria medidas restritivas, sem o confinamento que afetou gravemente a economia peruana, agora em processo de recuperação.
Disse que foi confirmado o anúncio da terceira onda, a nível internacional e avançando com a nova variante Ômicron, para que a população saiba o que o país enfrenta.
Acrescentou que, apesar de mais de 80 por cento dos maiores de 18 anos terem recebido duas doses contra o coronavírus e a aplicação do terceiro reforço estar a avançar, não é suficiente, pelo que a população pendente deve ser encorajada a ser vacinados.
Antecipou que está a ser analisada a eventual redução de capacidade em centros comerciais e outros espaços, bem como restrições de tráfego e mais teletrabalho e outras “medidas razoáveis que podemos adotar neste momento para enfrentar esta situação”.
A ministra da Saúde confirmou a prevalência da variante Delta do coronavírus e a crescente e rápida disseminação da variante Ômicron, principalmente na região metropolitana de Lima, que concentra cerca de um terço da população nacional.
A cidade dobrou o número de casos de coronavírus entre as semanas 49 e 52 do ano que acabou de terminar, enquanto em nível nacional o aumento foi de mais de 50 por cento.
Só na última semana do ano, o número de casos aumentou 25 por cento, passando de 11.766 para 14.688 e a Õmicron atinge 53 por cento das infecções em Lima e está presente na capital, na vizinha província del Callao e os de Arequipa, Junín, Ica, Pasco, Apurímac, Huancavelica e Ayacucho.
O Ministro Cevallos anunciou que, devido às características de efeitos leves ou moderados da Ômicron, o primeiro nível de atendimento será reforçado, de forma que, além de colocar os postos de saúde para funcionar 24 horas, serão instalados 750 pontos Covid ao longo o país para a atenção básica e para orientar a população.
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