Os pesquisadores disseram à imprensa que a vacinação e a solução para os problemas de longa data do Fundo de Previdência Social também se destacam entre os desafios enfrentados pelo governo para manter a recuperação da pandemia pós-Covid-19.
Eles também mencionam questões de transparência, sair das listas cinzas e preservar a classificação de risco e o investimento estrangeiro como chave para este ano.
O diretor do Instituto Nacional de Estatística e Censo (INEC), Samuel Moreno, explicou ao jornal La Estrella de Panamá que um dos principais desafios é o retorno à sala de aula em 7 de março.
Moreno considerou que se deve buscar um equilíbrio no planejamento do retorno dos alunos, professores, pessoal administrativo e pais, para que a educação tenha um bom começo e não seja interrompida.
Projetos estatais como o investimento público para gerar mais empregos para melhorar os números do desemprego que fecharam 2021 em 11,3% e tentar reduzi-lo aos níveis de 2019 (7,1) também faz parte das questões pendentes atuais, disse ele.
Ele indicou que o outro grande desafio que o país enfrenta é realizar um censo populacional e habitacional em 2022, que atualizará dados importantes para o planejamento, e a criação de um ministério responsável por esta área.
Por sua vez, o economista e reitor da Faculdade de Economia da Universidade Autônoma da província de Chiriquí, Ramón Rodríguez, enfatizou a importância de fazer os maiores esforços para melhorar a transparência, para que o país envie um sinal claro a este respeito.
Neste sentido, ele instou a lutar por uma reforma constitucional que levasse à aprovação da lei sobre a apreensão de bens mal adquiridos de traficantes de drogas.
Outro desafio para o próximo ano, considerado por Rodríguez, é acompanhar a situação do Fundo de Previdência Social (CSS), que “é um problema estrutural e não temporário, que exigirá até mesmo que organizações internacionais – como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – participem da mesa de diálogo e busquem um consenso”.
Finalmente, o economista e professor universitário Raúl Moreira disse que o país também deve continuar e expandir o processo de vacinação pelo Ministério da Saúde (Minsa) para reduzir os efeitos da pandemia.
Até 2022, o INEC prevê que a economia do Panamá crescerá mais de 7%, enquanto a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) estima que crescerá 8,2% e a coloca no topo da lista dos países do continente com as melhores perspectivas de crescimento.
mem/ga/vmc