Depois de agredir duramente a cúpula do INE que faz todo o possível para atrasar ou não realizar a consulta popular para a revogação do mandato -que também é contrariada pelos partidos políticos adversários-, o presidente afirmou que há muitos dados de extravagância, começando com salários.
Ele perguntou por que a Constituição não é respeitada, que indica que nenhum funcionário público deve ganhar mais do que o Presidente da República, mas os conselheiros ganham muito mais.
Prometeu apresentar a folha de pagamento do INE, mas anunciou que o conselheiro presidente ganha o equivalente a quase oito mil dólares por mês, mais benefícios, diárias, seguro médico, despesas de representação, viagens, automóveis, combustível e muitos outros benefícios.
O Presidente do país ganha cinco mil dólares e sem aquela acumulação de rendimentos extra que os 11 conselheiros do INE têm, salários superiores aos do Executivo, indicou.
Ele esclareceu que a austeridade republicana não é uma questão quantitativa, ou apenas economia de dinheiro, mas moral, ética, porque em uma nação com tanta pobreza como o México não pode haver esses salários e despesas.
Pode ser legal para eles ganharem essas quantias, mas é imoral, disse ele.
Além disso, foi questionado quanto foi o abono de Natal deste ano ao presidente do INE, que deve ser conhecido porque ajuda a compreender um pouco mais a situação e a oposição ao governo do instituto.
Lembrou-lhes uma das falas mais conhecidas de Benito Juárez, considerada entre seus principais ensinamentos, mas uma das menos aplicadas pelos governantes anteriores: “o funcionário deve aprender a viver na justa medianidade”, o que vale para sua renda, incluindo o salário.
Disse que a proposta ao INE pode ficar pronta em poucos dias e revelou que quem o ajuda também apura os gastos com pagamentos aos assessores, quantos são, quem são e quanto ganham.
Também quem são os fornecedores, como estão os contratos, por exemplo, a criação de credenciais, quem são concedidos, e muitas outras coisas para rever porque as outras instituições fazem e reportam todos os dias.
Explicou que austeridade não significa deixar programas essenciais sem recursos, mas sim cortar privilégios, e insistiu que o INE deve realizar a consulta de revogação em conformidade, com todas as caixas necessárias para as pessoas participarem e votarem mais de 40 por cento conforme necessário por lei.
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