Estima-se que 37.000 hectares tenham sido destruídos pelas chamas, até agora não apagada, pelo que é considerado o maior incêndio de seu tipo no país nos departamentos vizinhos de Rio Negro e Paysandu.
O atual presidente da Comissão Permanente do Parlamento, Alejandro Sánchez, da Frente Ampla, coordenou uma nomeação de quatro ministros para comparecer perante o Parlamento para explicar as causas, ações, decisões, problemas e como ajudar as pessoas afetadas.
Rafael Menéndez, membro do partido governista Cabildo Abierto, foi adiante para questionar as medidas insuficientes do governo, tais como isentar as vítimas de dois meses de pagamentos às empresas de distribuição de eletricidade e água, o que ele descreveu como uma “piada” para “pessoas que perderam praticamente tudo”.
O desastre trouxe à tona transgressões de proprietários de terras florestais para a indústria de celulose, que estenderam seus campos a apenas 50 metros de distância de vilarejos, quando a lei estipula 500 metros.
Por outro lado, o Uruguai registrou 6.104 novos casos positivos de Covid-19 na sexta-feira, o maior número diário para a pandemia aqui desde março de 2020, com previsões de semanas adversas pela frente.
No final da semana havia 22.548 pacientes ativos, sendo 33 deles em enfermarias de cuidados críticos e cinco mortos em meio a uma circulação comunitária da variante Ômicron.
Na frente política, foi destaque a afirmação do presidente eleito da Frente Ampla, Fernando Pereira, de que o “sim” à revogação de 135 artigos da Lei de Consideração Urgente (LUC) está crescendo para o próximo referendo.
“Eles estão nervosos por uma razão”, disse ele sobre a campanha da coalizão governista de direita para manter intacta uma peça legislativa contestada adotada no parlamento por uma magra maioria de cinco partidos aliados.
A este respeito, o secretário geral da União da Construção Uruguaia (Sunca), Daniel Diverio, estimou que as 800.000 assinaturas coletadas para permitir o referendo pararam “o rolo compressor neoliberal aplicado em 2020 pelo atual governo”.
A Federação Uruguaia da Carne e Indústrias Aliadas (Foica) denunciou que a multinacional Marfrig deu recompensas monetárias aos trabalhadores que não aderiram às greves por exigências salariais, o que descreveu como uma medida “claramente antissindical”.
Ao mesmo tempo, o sindicato das comunicações apresentou uma queixa na justiça para impedir a decisão do governo de aplicar a portabilidade numérica para a telefonia celular, o que causará prejuízos de milhões de dólares para a empresa pública Antel, a fim de favorecer a concorrência privada.
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